sábado, 26 de julho de 2008

MP acusa ex-presidente do Ibama de má gestão pela emissão da licença para as obras do Projeto de Transposição do Rio São Francisco

Segundo denúncia, Barros teria contrariado decreto presidencial ao emitir licença para rio São Francisco

SÃO PAULO - O Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil contra o ex-presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Marcus Barros por improbidade administrativa (má gestão pública). Segundo a acusação, ele teria contrariado o decreto presidencial que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ao emitir a licença ambiental de instalação para as obras de transposição do Rio São Francisco, em março de 2007.

O procurador da República Francisco Guilherme Bastos, que assina o documento, alega que Barros tinha consciência da irregularidade que consistia a emissão da licença de instalação sem a análise dos projetos executivos e a realização de novas audiências públicas.

Francisco Guilherme afirma que Barros não pode alegar desconhecimento sobre as determinações. O alerta foi feito pelo próprio Ministério Público Federal, em recomendação recebida no gabinete do então presidente do Ibama dois dias antes da expedição da licença. Em resposta à recomendação, Barros informou que os projetos executivos já tinham sido analisados, o que posteriormente mostrou-se totalmente inverídico.

Em junho de 2007, o Ministério da Integração Nacional informou ao MPF que, naquele momento, os projetos executivos inexistiam e estavam apenas em fase de licitação. Para o procurador da República, a decisão do então presidente do Ibama foi tomada "de maneira açodada, ilegal e ao arrepio de decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal".

André Picardi

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