A um ano atrás quando me perguntavam sobre a transposição do Rio São Francisco minha resposta era contrária à proposta, hoje isto mudou.
Diante das publicações dos relatórios do IPCC sobre as mudanças climáticas, percebi que o grave problema da seca no semi-árido brasileiro tende a se agravar em tempo muito curto. Cientistas do Brasil e de todo o mundo afirmam que o semi árido tende a um rápido processo de desertificação, é necessário que se adotem medidas urgentes para o fornecimento de água até esta região.
Outro fator muito importante que me induziu a esta mudança de posição foi o acesso a informações sobre as outorgas já existentes para consumo de água do Rio, o volume a ser retirado do São Francisco para a transposição é igual a um terço da água consumida por um único, dos muitos projetos de agricultura irrigada na bacia, o Jaíba.
Além disso, a decisão de realizar as obras de transposição foram o maior dos estímulos para que pela primeira vez se elaborasse e colocasse em prática, no Brasil, um programa para a revitalização de uma bacia hidrográfica.
A nós, ambientalistas e sociedade civíl, cabe acompanhar as ações do programa de revitalização muito de perto, sugerindo melhorias e corrigindo eventuais falhas e imperfeições, o sucesso deste programa pode ser o estímulo e o exemplo a serem seguidos e aplicados em outras centenas de rios brasileiros ameaçados de secarem, pela erosão, pelo assoreamento, pela poluição de suas águas, pelo mau uso e pela falta de responsabilidade, seja dos empreendedores ou do poder público.
Sejam todos muito bem vindos a este espaço "livre", aguardamos a sua manifestação!
André Picardi
domingo, 1 de junho de 2008
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